Thursday, June 08, 2006

Vai começar

Não tem como fugir. Ao menos que o indivíduo se isole numa e caverna e corte todo e qualquer sinal de comunicação com o mundo, olhos e mentes estarão voltados, concentrados ou influenciados pelo XVIII Campeonato Mundial de Futebol, ou simplesmente Copa do Mundo da Alemanha ou Copa 2006.

30 dias, 64 partidas envolvendo o melhor que o futebol produziu em sua história em geral e nos últimos quatro anos especificamente. Dos sete campeões das 17 edições anteriores, apenas o Uruguai ficou de fora e ainda assim não foi lá uma grande surpresa, pois o futebol não anda lá tão bem das pernas ao sul do Rio Grande do Sul. Dos últimos quatro mundiais eles só disputaram o de 2002 e caíram já na primeira fase, com dois empates e uma derrota.

Em compensação, a Holanda está de volta depois de ter ficado de fora em 2002 na Coréia/Japão. Alem do mais, a Copa terá um grande número de estreantes. Nada menos que sete, sendo quatro africanos, dois europeus e um centro-americano . Dentre os africanos, Angola e Togo não despertam grandes expectativas. Já Costa do Marfim e Gana são mais cotados até mais do que a também africana Tunísia, que chega à sua terceira copa consecutiva. Entretanto, tanto Gana quanto Costa do Marfim caíram em grupos complicados: os ganenses jogam com Itália, República Tcheca e Estados Unidos; os marfinenses pegam Holanda, Argentina e Sérvia-Montenegro, que também estréia em copa. Estréia e se despede, aliás, uma vez que um plebiscito concedeu a separação das duas ex-republicas iugoslavas logo após a copa do mundo. A outra seleção européia que disputa a copa pela primeira vez é a Ucrânia, que ainda teve a sorte de cair num dos grupos teoricamente mais fáceis da competição, contra Espanha (na estréia), Tunísia e Arábia Saudita.

O ultimo dos estreantes também está bem pouco cotado. Mas Trinidad Tobago deve fazer uma das partidas mais interessantes do mundial, contra a Inglaterra, de quem foi colônia no passado. Aliás, os acertos de contas com a história estarão presentes em mais três confrontos na primeira fase: Portugal x Angola, França x Togo e Alemanha x Polônia.

Há também temores de que ocorram incidentes relacionados às participações de Arábia Saudita e Irã, que como todos sabem são paises metidos com aquele negócio chamado terrorismo. O lado ocidental deste ramo de atividade também estará representado pelos Estados Unidos. Para o bem da competição, eles estão em grupos diferentes e só poderão cruzar-se em hipotéticos confrontos nas quartas-de-final.

A Copa 2006 também é a oportunidade de seleções que tinham pouca ou nenhuma expressão há 20 ou 30 anos atrás consolidarem-se como forças efetivas do futebol mundial. São os casos de Japão (terceira copa consecutiva), Arábia Saudita (quarta copa consecutiva) Coréia do Sul (sexta copa consecutiva).

Se a Holanda volta depois de um mundial ausente, a Austrália volta depois de sete copas de fora. Sua única participação havia sido em 1974, na própria Alemanha. Treinados pelo holandês Guus Hiddink, enfrentam o Brasil na segunda rodada. Se dentro das quatro linhas pouco se espera dos “socceroos”, seu treinador foi semifinalista das duas útimas copas no comando de Holanda (1998) e Coréia do Sul (2002).

Outro retorno é o da Suíça, ausente desde 1994. Caiu num grupo no qual apenas a França pode ser considerado um adversário de peso, uma vez que os outros são Togo e Coréia do Sul.

Enfim, entre estréias, retornos e manutenções de postos, permanecem os favoritos de sempre, por motivos diversos. Um ou outro prometendo surpreender. Alguns serão felizes, outros uma grande decepção. A partir das 18 horas (horário local) desta sexta-feira, veremos o que vai acontecer. Já que é assim, proponho palpites para estes dois primeiros jogos do torneio. Os meus são Alemanha 1 x 1 Costa Rica e Polônia 1 x 2 Equador. Que role a bola nas gramas germânicas.

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