Fúria, fúria, fúria, fúria (Espanha 4x0 Ucrânia)

A abertura da disputa pelo grupo H da Copa começou com uma surpreendente goleada da Espanha sobre a Ucrânia, estreante em copas. A esmagadora vitória espanhola surpreendeu mais pelo que as duas seleções apresentaram nas eliminatórias e amistosos do que pela partida em si. Os espanhóis foram absolutos no jogo.

Em menos de cinco minutos, a Espanha definiu a peleja. Aos 12, o brasileiro naturalizado Marcos Senna arriscou um forte chute de fora da área (jogada bastante explorada nestas primeiras partidas da copa) e o bom goleiro Shovkovskyi mandou para escanteio. Na cobrança, a fortaleza ucraniana desmoronou com a cabeçada, meio sem jeito, de Xabi Alonso, que aos treze minutos de jogo marcou seu primeiro gol pela seleção espanhola.

Aos 17, David Villa cobrou uma falta cometida pelo ucraniano Russol, que levou cartão amarelo. A bola bateu no próprio Russol, que estava na barreira, e matou Shovkovskyi. 2 a 0 antes da metade do primeiro tempo já era muito até para o torcedor espanhol mais otimista. E olhe que são muito poucos.

Daí, o jogo esfriou e só no final da etapa houve uma chance para cada lado. Shevchenko, que teve atuação bastante discreta, enfiou uma bola rasteira para Voronin, e o juiz marcou impedimento. Em seguida, Villa invadiu a área e chutou pressionado pelo zagueiro. Shovkovskyi (é muito bom escrever esse nome) ficou com a bola presa entre os pés, mas ficou procurando a bola.

Logo no primeiro minuto da etapa final, o atacante espanhol Fernando Torres invadiu a área adversária e foi derrubado por Vaschuk antes de chutar. Era a primeira falta cometida pelo zagueiro na partida, o que não impediu que ele fosse expulso. David Villa bateu forte no canto e marcou o terceiro gol. Aos seis, Villa teve a chance de assumir a artilharia isolada da Copa quando recebeu sozinho na área e chutou em cima de Shovkovskyi.

Três minutos depois, os autores dos gols espanhóis foram substituídos. Xabi Alonso deu lugar a Albelda e Villa, a Raúl. Nos pouco mais de trinta minutos em que atuou, o ídolo do Real Madrid teve boas chances e mostrou que pode voltar ao time titular. Pelo lado ucraniano, Shevchenko, Rebrov e Voronin tiveram suas chances de diminuir, mas só o ultimo deles levou perigo, com um chute que passou rente à trave de Casillas.

Aos 35 minutos de jogo, uma das jogadas mais bonitas da copa até agora. Puyol roubou a bola no meio campo, deu um drible meio estranho no zagueiro ucraniano e passou para Fernando Torres. A bola espirrou e sobrou para Fabregas, que passou de volta para Puyol, que ajeitou de peito para Fernando Torres, que vinha na corrida e acertou uma bomba, marcando o quarto gol da Espanha e coroando sua atuação, a melhor da partida.

No final do jogo, o goleiro espanhol ainda se aventurou a sair da área e deixar que Voronin quase marcasse. Com grandes atuações de Villa e Torres no ataque e Marcos Senna no meio-campo, até Puyol pôde brincar de atacante.

Assim, os abstêmios ucranianos estrearam levando uma goleada e devem pressionar o técnico Oleg Blokhin (que disse só liberar visitas na concentração se o time chegar entre os oito primeiros) a deixá-los ao menos ver umas mulheres peladas. Para que não sejam encarados de novo como um time... de pelada.

PS: Por falar em pelada, Arábia Saudita x Tunísia. Vixe, vou lá!