Tuesday, June 13, 2006

Estréia Econômica (Brasil 1x0 Croácia)

Finalmente a Copa do Mundo 2006 começou, com a estréia dos atuais campeões, os brasileiros.

Nas últimas oito copas, os então campeões faziam o jogo de abertura. Como a Alemanha acha que venceu a Copa de 2002 porque teve seu goleiro escolhido como craque do torneio, decidiu então que tinha o direito de abrir a festa. Até porque são eles que estão pagando.

E a estréia dos atuais campeões e mais do que nunca favoritos ao título se deu numa partida equilibrada, mas pouco emocionante pelos lances que apresentou. Tanto para quem esperava uma goleada da seleção brasileira, quanto para quem esperava algum tipo de surpresa dos croatas.

Num jogo de muita marcação e poucos espaços, a saída era chutar de longe, já que tanto a grande área da Croácia quanto a do Brasil eram fortalezas inexpugnáveis. Tanto que aos oito minutos, Kaká avançou, passou para Ronaldinho Gaúcho que passou para Adriano que tocou de calcanhar para Kaká. Ele poderia parar e tocar para o meio da área, mas preferiu chutar de fora e mandar a bola por cima.

Por duas vezes no primeiro tempo Roberto Carlos soltou seus já quase mitológicos chutes de fora da área. No primeiro, o goleiro croata mandou para escanteio. No outro Roberto Carlos mandou a bola para fora. Emerson foi outro que arriscou de fora da área e mandou a bola para fora do gol.

Dois croatas também mandaram a bola para fora. O filho do técnico Zlatko Krancjar, Nico, mandou aos 22 minutos e Klasnic mandou aos 26, conseguindo um escanteio. Cinco minutos depois, Ronaldinho Gaúcho mandou a bola na barreira, móvel, dos croatas. O melhor do mundo também já tinha mandado a bola uma vez para o gol, mas o arqueiro croata mandou-a para escanteio.

Quando o croata Srna conseguiu mandar a bola na pequena área do Brasil, Nico Kovac e Tudor não conseguiram alcançá-la e ela passou na frente do gol. Quando o brasileiro Emerson recebeu cartão amarelo por uma falta violenta, parecia que a copa do mundo iria completar seu terceiro tempo consecutivo sem gols, já que França e Suíça na partida anterior empataram em 0x0.

Até que um minuto depois, Kaká pediu educadamente que a bola fosse para dentro da meta do goleiro Pletikosa. Depois de tanto tempo sendo mandada, ela não teve alternativa a não ser obedecer ao único em campo que lhe fez um pedido.

A bola não só atendeu, como em grande estilo. Kaká, o craque do bom-mocismo, fez o gol da vitória de seu time com um bonito chute de perna esquerda. O relógio marcava 43 minutos de jogo.

Veio o segundo tempo e a Croácia resolveu atacar mais. Atacou com Prso, Klasnic, Bambic e toda a sopa de letrinhas que forma os nomes dos jogadores da equipe. Dida não quis dar sopa para o azar (deu para sacar a piada?) e fez boas defesas, embora nada extraordinárias.

As bolhas que tanto vinham incomodando o “fenômeno” Ronaldo podem até ter sarado. Mas para jogar o chamado futebol competitivo moderno, além de não ter bolhas nos pés é importante ter condicionamento físico. E isso, no momento ele não tem e não adianta tentar enganar. Sem querer chamá-lo de gordo, para não ser chamado de cachaceiro em rede nacional, como o presidente Lula.

Talvez Ronaldo esteja apenas incorporando a silhueta de quem inspirou o nome do seu filho, o atlético palhaço Ronald Mcdonalds. Para brincar com o filhinho depois da Copa só falta a peruca vermelha, o nariz de bola e a maquiagem. Se a seleção brasileira fosse um circo, Ronaldo seria forte candidato ao papel de palhaço da trupe.

As tais bolhas e o tal do (aliás, da falta de) condicionamento físico transformaram em triângulo o badalado “quadrado mágico” da seleção brasileira. Visivelmente apático na partida, Ronaldo parecia não lembrar de que se fizer um gol em cada partida da primeira fase, se tornará o maior artilheiro de todos os tempos em Copas do Mundo. Só chutou uma vez, de fora da área, no segundo tempo.

Saem as bolhas, entra a pedra. Na metade do segundo tempo, Robinho substituiu Ronaldo e pelo menos mostrou que tem mais condições físicas e disposição do que seu colega de Real Madrid. Com Ronaldo esperando na área para dizer a Pelé que fez mais gols que ele em Copas, seu colega de ataque Adriano tem que voltar toda hora para buscar o jogo no meio de campo. Um desperdício para um artilheiro como ele, se bem que na única chance que teve, o “Imperador” mandou a bola para fora após desviar um chute de Robinho, que já foi chamado de novo Pelé.

A partida caminhava para o final, com a torcida croata cantando como se seu time fosse um pelotão do exército marchando sobre territórios sérvios, bósnios, iugoslavos ou seja lá qual fosse o inimigo. O Brasil, cauteloso, protegia-se com todos os seus soldados defendendo a fortaleza do guarda Dida e contando com a ajuda de toda população do Brasil.

Para vencer esta insurreição popular, só jogando com doze. E foi isso que pensou um torcedor croata com a camisa número 17, cuja presença o árbitro demorou a perceber. Invadiu o campo, ajoelhou-se e mandou beijinhos para as câmeras e a torcida. Temendo manifestações nacionalistas em seu território, a TV alemã evitou mostrar a invasão do adolescente croata. Só foi possível ver em detalhes ao vivo graças à câmera exclusiva da auto-intitulada guardiã da democracia Rede Globo.

Mas nem se jogassem com doze desde o início da partida os croatas fariam um gol. Porque a bola estava predestinada a atender ao primeiro que lhe pedisse com educação. Kaká pediu à bola que entrasse no gol tanto quanto vive pedindo a Deus desde o dia em que nasceu. A bola e Deus atenderam, Kaká e a torcida brasileira agradeceram e comemoraram.

Domingo, dia em que segundo a Bíblia tão lida por Kaká Deus resolveu descansar depois de criar o mundo, o Brasil joga contra a seleção que lidera o grupo C, a Austrália. Kaká, a seleção e a torcida do Brasil esperem que Ele continue ouvindo seus pedidos. Quanto à bola, ela sabe o que faz e a quem obedecer.

6 Comments:

At Tuesday, 13 June, 2006, Blogger Venus in Furs said...

Até hoje eu me pergunto: para quê serve Copa do Mundo?

Um amigo me disse hoje que serve para um bando de babacas exercitarem suas babaquices. E eu concordei.

E tu achou o jogo isso tudo aí? Eu achei muito fraco, um saco. Aliás, eu odeio futebol.

 
At Tuesday, 13 June, 2006, Anonymous Anonymous said...

pqp até quando vamos ter que aguentar esses pela-sacos que odeiam tudo!

 
At Tuesday, 13 June, 2006, Anonymous Anonymous said...

o melhor em campo foi o torcedor croata que driblou a segurança e entrou em campo. gollllllllllllllllllllllllllll

 
At Wednesday, 14 June, 2006, Blogger Maurício Targino said...

Caro ou cara Happy Pills

Já que vc diz que odeia tanto futebol, fico lisonjeado q vc perca seu valioso tempo de reflexão sobre coisas mais importantes frequentando este espaço destinado aos babacas e suas babaquices. Realmente Happy Pills, nunca imaginei q você fosse capaz de chegar tão baixo. E além de perder tempo lendo o que babacas tem à dizer, ainda posta um comentário. É muito bom ter leitores(as) como vc. Muito obrigado, mas tenho q ir ver Espanha x Ucrânia, um jogo bem merda. Faz o seguinte: saia do computador e vá ao museu, ou cinema, ou biblioteca. Aliás, melhor: vai transar pra espantar esse ódio no teu coração.

Volte sempre

O Autista

 
At Wednesday, 14 June, 2006, Anonymous Anonymous said...

E não é que a economia vai bem mesmo!!!!???

 
At Wednesday, 14 June, 2006, Anonymous Anonymous said...

eitaaaaa!!!!!! happy pills precisa de umas pílulas calmantes...
o melhor foi mesmo o torcedor, que não foi mostrado pelas TVs alemãs (pelo menos segundo babão bueno): será que foi porque o cara-pintada tava chapado? sim, porque ele tava chapadíssimo!!!! bjsssss maus!

 

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