Mais um cabeça-de-chave vence na estréia (México 3x1 Irã)
Se a Copa do Mundo fosse uma sala de aula, caberia ao México um dos papéis de repetente. Afinal de contas, o país tem mais participações do que Inglaterra e Holanda, por exemplo. Com 12 participações em 18 mundiais, só ficam atrás de Brasil (presente em todas as copas), Itália (presente em 16 edições), Alemanha (15), Argentina (13), além de empatar com a França.
Desta vez, o México é cabeça de chave pela primeira vez em uma copa não disputada em seu território. A escolha do México incomodou a muitos europeus que queriam outro europeu como um dos cabeças-de-chave do grupo D. A vitória sobre os frágeis franco-atiradores da seleção do Irã mostrou que o México tem condições de ao menos igualar suas melhores campanhas em Copas do Mundo, quando ficou entre os oito melhores em 1970 e 1986, quando sediou o torneio.
Apesar do placar, a vitória mexicana não foi tão fácil. Até certo ponto, ao menos. Os iranianos deram o primeiro chute, de fora da área, com Mahdavikia. Dominaram as ações nos primeiros quinze minutos, quando os mexicanos começaram a equilibrar a partida. Aos 28 minutos, o atacante mexicano Omar Bravo aproveita uma sobra dentro da pequena área iraniana após uma cobrança de falta pela direita do ataque.
Os discípulos de Alá não se fizeram de rogados e empataram com um gol do zagueiro Golmohammadi aos 35 minutos. Após cobrança de escanteio, o goleiro mexicano Oswaldo Sanchéz bloqueou uma cabeçada à queima-roupa e o camisa 4 iraniano mandou para as redes.
No segundo tempo, sai do banco aquele que iria definir a partida com dois lances em dois minutos. Seu nome: Zinha. Aos 31, após uma saída errada do goleiro Mirzapour, a bola sobrou para ele, que com um passe preciso deixou Bravo na cara do gol. O atacante bateu rasteiro e de primeira e marca seu segundo gol em sua segunda tentativa no jogo. México à frente e Bravo artilheiro ao lado do alemão Klose e do costarriquenho Wanchope.
Coroando sua atuação, Zinha, passa por dois marcadores e abre para Mendéz na direita. Ele cruza para a cabeçada fatal. 3 a 1 e o México espanta a zebra graças à atuação decisiva deste brasileiro de 30 anos recém-completados, nascido em São Paulo e naturalizado mexicano.
A vitória mexicana foi merecida não só pelo o que jogou, mas por como tem se preparado. Com mais de 70 partidas disputadas entre 2002 e 2006, foi um dos times que mais se prepararam para a Copa do Mundo. Tudo para deixar de lado a fama de repetente na sala de aula das Copas do Mundo. Isso implica em passar nas primeiras cinco provas, aliás, partidas. Na primeira, bom desempenho e vitória. Daqui pra frente é esperar para ver se tanto estudo (treinos, amistosos, competições) valerá a aprovação entre os quatro primeiros. Algo que o esforçado México jamais conseguiu numa Copa do Mundo.
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