Sunday, June 11, 2006

Surge o primeiro candidato à craque da Copa. (Servia-Montenegro 0x1 Holanda)

Surge o primeiro candidato à craque da Copa. (Servia-Montenegro 0x1 Holanda)

No fechamento da primeira rodada do chamado Grupo da Morte, essa nomenclatura pode estar começando a se definir. Os favoritos, ao menos do ponto de vista do numero de participações em copas, venceram. Os estreantes, ainda que perigosos, sucumbiram, entre outras coisas, à própria história.

Os primeiros dez minutos de partida não ofereceram grandes lances. Pouco após uma boa tentativa de ataque da seleção de Sérvia-Montenegro, a defesa holandesa afasta a
Bola, que chega ao meio-campo onde está V. Persie, que chega a Robben que avança e chuta fora do alcance do pobre goleiro Yebrich. Da defesa ao gol em três toques. Um a zero para a Holanda, e este foi o cartão de visitas do maior candidato à craque da Copa até esta sexta partida. placar final de uma boa partida do ponto de vista tático.

Robben, o jovem (22 anos) ponta-esquerda do Chelsea fez de tudo na partida em Leipzig. Driblou, chutou de fora da área, de dentro da área, sofreu faltas, deu pancada nos zagueiros, sangrou pelo nariz e deu piques velozes em plenos 42 do segundo tempo, depois de correr o jogo inteiro. Se o resto do time não comprometer, e Robben jogar tudo o que jogou na estréia, viu-se também a estréia de uma equipe que pode promover um acerto de contas com a história do próprio futebol.

Em 1974, na mesma Alemanha, o mundo assistiu, assombrado, uma seleção chegar à final de uma Copa do Mundo tomando apenas um gol em cinco jogos, e mesmo assim, marcado por um de seus próprios jogadores. O mesmo mundo assistia a primeira copa sem Pelé, o maior rei do futebol. Seu candidato à sucessor Cruijff, assim como sua seleção, a Holanda, caía na final por obra de Gerd Muller. A Holanda, do futebol total, sucumbia ao futebol-disciplina dos anfitriões.

Desde então, uma participação holandesa em copa é sempre cercada de expectativa. Depois de perderem para os anfitriões em 74, voltaram a perder para os donos da casa na Argentina em 78. Dez anos se passaram até que um voleio de Van Basten e uma cabeçada de Guulit começaram o esfacelamento da URSS na final da Eurocopa e deram um sopro de esperança aos defensores do futebol bonito e vitorioso. Dois anos depois, o time afundava já nas oitavas-de-final da Itália. Nas duas copas seguintes, é eliminado por um gol de falta em 94 e uma disputa de pênaltis em 98, ambos obra do Brasil. Entre uma e outra, e também eliminada nos pênaltis na Eurocopa, também na Alemanha. Ficaram de fora em 2002 e voltam agora a uma copa do mundo, sempre jogando de forma ofensiva. Que outra seleção na Copa joga no 4-3-3?

O gol do baixinho de camisa 11 (alguma coincidência com um brasileiro que brilhou na Holanda?) deu a Marco van Basten, como técnico, sua primeira vitória em Copa do Mundo, que ele não conseguiu como jogador. E ao Chelsea a liderança na artilharia da “copa do mundo de clubes”: três dos treze gols da copa até seu sexto jogo saíram de jogadores que atuam no clube (Crespo, Drogba e Robben).

Desta forma, o grupo passa a ser da morte apenas para os elefantes de Costa do Marfim e os ex-comunistas e ex-iugoslavos de Sérvia-Montenegro. Argentina, Holanda e Chelsea comemoram a estréia vitoriosa. Hora de México e Irã. Fui.

2 Comments:

At Sunday, 11 June, 2006, Anonymous Anonymous said...

foda é o cara ter q assistir mex X ira com o mesmo interesse q arg X cmf

 
At Wednesday, 14 June, 2006, Anonymous Anonymous said...

oxe, costa do marfim tá bem... eu achei...

 

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