Surge a primeira grande equipe do Mundial (EUA 0x3 Rep. Tcheca)
Assim como Inglaterra e Portugal em suas estréias, a Rep. Tcheca nao demorou muito para sair na frente da seleção norte-americana. Cruzamento da direita e o gigante (2.02 m) Jan Koller chutar de cabeça, sem chances para o goleiro dos EUA.
Koller vinha de uma séria contusão e quase ficou de fora do mundial. Aos cinco minutos de jogo, marcou seu 39º gol em 68 jogos pela seleção tcheca. Mal sabia ele que antes do final do primeiro tempo iria se machucar sozinho, sair de maca e ir direto para o hospital.
Exceto pelo gol, os primeiros minutos de jogo foram disputados entre uma intermediária e outro, sem empolgar muito. Tanto que aos 18 minutos, as câmeras flagraram o craque do campo, do banco e da organização Franz Beckenbauer (títulos nas duas primeiras categorias ele já tem) com uma cara meio cansada, quase ou já cochilando. O locutor não falou nada, então não vou dizer que Beckenbauer estava dormindo.
Seria recomendável que ele estivesse acordado no momento em que a bola sobrou para o camisa 10 tcheco chamado Tomas Rosicky acertou um chute espetacular da entrada da área, marcando um golaço. Com 2 x 0 no placar aos 35 minutos, os tchecos decidiram parar de jogar futebol e assumir de vez o que estavam fazendo desde as eliminatórias: dar espetáculo.
Comandados pelos veteranos Pavel Nedved (35 anos) e Karel Poborsky (34 anos), a seleção tcheca não deu chances à seleção do único país do mundo que não se interessa pelo futebol. Os EUA só levaram perigo aos 27 minutos, com um chute de Reyna de fora da área cuja trave do goleiro Cech tirou a chance do empate.
Sabendo que não precisariam jogar tudo o que sabem contra um adversário tão acanhado, os tchecos resolveram ficar executando linhas de passes hipnotizantes para o espectador. Depois de muito tempo que o futebol “deixou de ser bonito”, a Rep. Tcheca mostrou aquilo que os saudosistas tanto cobram do futebol: magia.
E ainda jogando com humildade. Não fosse por isso, o craque da partida Rosicky não teria acertado um belo chute de fora da área na trave. Ele teria feito o gol e liquidado de vez a partida. Desta forma, o time foi também educado com o adversário, devolvendo-lhe a bola na trave que Reyna acertou no primeiro tempo.
Faltando 15 minutos para o final, os tchecos resolveram que já chegava de tanta festa e era hora de acabar o jogo. Nedved deu um passe curto no meio campo para Rosicky avançar até a área sem ser detido pelos norte-americanos e mostrar que também sabe chutar de bico, se quiser. Três a zero, fim de papo, mas não de jogo. Jogando como numa uma pelada de três gols, os tchecos perceberam que ainda restavam quinze minutos. Praticamente sentaram-se em campo, pediram umas cervejas e esperaram o juiz apitar o fim do jogo.
Um brinde ao futebol dos tchecos, o melhor do mundial até agora.
2 Comments:
ei mau, to com medo ra republica tcheca.
na globo tava escrito antes da partida : rep. checa ou tcheca
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