Wednesday, June 21, 2006

Felipão e Portugal se classificam com 100% de aproveitamento (México 1x2 Portugal)

Numa partida de primeiro tempo empolgante, Portugal e México disputaram a primeira colocação do Grupo D da Copa do Mundo em Gelsenkirchen no segundo confronto entre as seleções na história. No primeiro, em partida amistosa disputada na capital portuguesa Lisboa, houve empate em zero a zero.

A seleção mexicana entrou em campo com uma vaga possibilidade de perder a vaga para Angola, que disputava a outra partida de encerramento do grupo contra o eliminado Irã. Se Angola vencesse e o México fosse derrotado, os africanos se classificariam desde que tirassem a diferença no saldo de gols, que era de 3 a favor dos mexicanos.

Portugal veio desfalcado de dois de seus principais jogadores, Deco e Cristiano Ronaldo, autores dos gols na vitória por 2 a 0 sobre o Irã. Caso eles voltassem a receber cartão amarelo, ficariam de fora nas oitavas-de-final. Assim, não foram sequer relacionados para a partida.

Disposto a aumentar seu recorde de vitórias consecutivas em Copa do Mundo, Felipão pos seu time logo para definir o jogo, apesar de sofrer o primeiro ataque aos dois minutos, numa boa jogada de Fonseca.

Porém aos cinco minutos Maniche recebeu a bola no meio de campo e tocou para Simão Sabrosa na esquerda. Sabrosa avançou e, cercado por mexicanos, devolveu para Maniche, que se apresentou livre dentro da área para chutar de pé direito e abrir o placar no mesmo estádio onde ele e mais seis convocados da atual seleção portuguesa conquistaram Liga dos Campeões da Europa em 2004 pelo FC Porto.

O México não soube como reagir, mas as coisas ainda iriam ficar um pouco piores para os mexicanos quando seu zagueiro e capitão Rafa Márquez ingenuamente meteu a mão na bola após uma cobrança de escanteio do português Figo. Pênalti tão claro quanto cretino.

Simão Sabrosa bateu forte e o goleiro Sanchez ainda acertou o canto, mas não foi capaz de impedir o segundo gol português aos 24 minutos de jogo. Se Angola repetisse esse placar contra o Irã em Leipzig, ex-metrópole e ex-colônia passariam juntas para as oitavas-de-final.

Ao México, cabia simplesmente fazer um gol e dificultar as coisas para os angolanos. E ele quase veio aos 28 minutos quando Omar Bravo chuta (mal) à queima-roupa e o goleiro português João Ricardo defende, a bola sobe e bate no travessão antes de cair na rede pelo lado de fora.

Veio a cobrança do escanteio que Fonseca ainda teve tempo de dar dois passos para trás antes de cabecear e diminuir o placar.

Durante o restante do primeiro tempo, o México tentou empatar, mas seu medíocre setor ofensivo não obtinha resultados contra o Portugal jogando no melhor estilo “Time do Felipão”. Nos primeiros onze minutos da etapa final, também.

Até que Perez mata no peito e o lateral lusitanos Miguel quase mata do coração seu treinador. Leva um drible bobo, cai, derruba o atacante adversário e mete a mão na bola. Pênalti para o artilheiro mexicano (2 gols no Irã e nenhum em Angola) Omar Bravo cobrar e deixar os torcedores com seu sobrenome depois de mandar por cima.

Felipão (ou Scolari ou Big Phil) não precisava mais se preocupar, suas dez vitórias consecutivas em Copas do Mundo estavam garantidas assim como a curiosa trajetória sem empates de Portugal nas suas participações no torneio.

Menos preocupação ainda depois que Perez, o mesmo que provocou o pênalti, tenta simular outro. Ele tinha feito uma falta no jogo e levado amarelo e foi expulso por tentar engabelar o juiz. Fim de Copa para ele.

Porque seja contra Holanda ou Argentina, possíveis adversários nas oitavas-de-final, um time como o México, que ganhou apertado do Irã e empatou com Angola, há de se convir, não tem chance.

Já quem pegar Portugal, vai pegar um técnico que venceu todas as dez partidas que disputou. Se isso é motivo para preocupação, que Holanda e Argentina se preocupem.

PS: Na outra partida, os figurantes Irã e Angola se despediram num cordial empate em um gol. Depois do primeiro tempo em branco, aos 19 do segundo, o já folclórico (pelo nome) Zé Kalanga cruza para a cabeçada fulminante de Flavio, que marcou o primeiro gol de Angola na sua nascente historia em Copas. Já o zagueiro iraniano Sohrab Bakhtiarizadeh (seja lá como se pronuncie) fez também de cabeça, após um escanteio e garantiu o primeiro ponto do Irã na Copa 2006. Até as eliminatórias para os dois.

1 Comments:

At Wednesday, 21 June, 2006, Blogger Felipe Pimentel Lopes de Melo said...

Mas o México jogou bem

 

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