Monday, June 19, 2006

Virada com a mão do técnico (Espanha 3x1 Tunísia)

No fechamento da segunda rodada do grupo H da Copa 2006, Espanha e Tunísia se enfrentaram em Stuttgart, debaixo de muita chuva. Assim como a partida anterior entre Ucrânia e Arábia Saudita, disputada horas antes em Hamburgo.

Embalada pela goleada na Ucrânia na estréia, os espanhóis partiram logo para cima conseguindo boas chances aos 2 e aos 5 minutos, numa cabeçada de Luis Garcia e num chute de fora da área de David Villa, que tocou na rede pelo lado de fora.

Porem, aos oito minutos, o susto: Puyol vacilou no meio de campo e o atacante tunisiano Jaziri invadiu a área, pressionado por três defensores ibéricos. Mesmo assim Jaziri encontrou espaço e rolou para Mnari. Ele chutou, o goleiro Casillas defendeu e o próprio Mnari chutou de novo para abrir o placar.

A “Fúria” sentiu o baque do gol. Villa não acertava suas cobranças de falta nem os passes rasteiros para Fernando Torres; as perigosas cobranças de falta de Xavi não eram bem concluídas.

No final do primeiro tempo, duas ótimas oportunidades para o empate espanhol: primeiro num chute de Torres, que desviou levemente na defesa e foi para escanteio; na cobrança deste, Xabi Alonso cabeceou forte e sem saltar do chão. O zagueiro Ayari, bem colocado embaixo do travessão, operou um verdadeiro milagre ao afastar de cabeça.

No intervalo, o técnico espanhol Luis Aragones fez duas substituições que mais tarde se revelariam fundamentais para o triunfo espanhol: saíram Luis Garcia e Marcos Senna para as entradas de Raúl e Fabregas, respectivamente. Este último começou a mostrar serviço logo aos dois minutos, chutando de fora da área e obrigando o goleiro Boumnigel a fazer boa defesa.

Exceto por dois chutes de longe de Pernía, na primeira metade da etapa final a equipe espanhola não conseguiu levar perigo ao gol da Tunísia, cuja marcação estava muito bem. O artilheiro David Villa também foi substituído, por Joaquín, e o técnico Aragones já era flagrado de cabeça baixa, coçando sua reluzente careca grisalha.

A animada torcida espanhola já se impacientava quando aos 26 minutos Fernando Torres recebe na área e deixa a bola passar para Fabregas. Ele chuta para a defesa parcial de Boumnigel, e no rebote o canhoto Raúl usa o pé direito para marcar seu 45º gol pela seleção e primeiro na Copa 2006.

O gol acendeu de vez a equipe espanhola. Três minutos após o gol, Fabregas recebeu de Joaquín e chuta forte para Boumnigel defender com o pé.

Fabregas estava mesmo iluminado e aos 31 minutos acertou um belo passe para Fernando Torres entrar na área, se livrar do goleiro e merecidamente virar o jogo para os espanhóis.

Perto do final do jogo, Torres teve a chance de assumir a artilharia isolada da Copa ao receber livre na área e demorar a chutar, permitindo que o goleiro saísse.

Quis então destino que Fernando Torres fosse o maior goleador nas duas primeiras rodadas da Copa. Ele subiu junto com Yahia, que o puxou no lance. O árbitro brasileiro Carlos Eugenio Simon desta vez deu pênalti, ao contrario dos dois de Gana no jogo contra a Itália.

Torres cobrou mal, mas com força. A bola passou por baixo de Boumnigel, que ainda tocou de leve na bola. O placar de 3 a 1 foi justo para a Espanha, que não deixou de atacar em nenhum momento. Já a Tunísia pouco ou nada fez além do gol no início da partida.

O placar poderia ter sido maior se Torres não tivesse chutado por cima quando recebeu livre na área já nos descontos.

Será que nesta Copa o apelido de “Fúria” vai deixar de ser apenas o sentimento de sua torcida após cada fracasso nas competições que a seleção espanhola disputa?

PS: faltam apenas nove gols para o gol de nº 2000 na história das copas

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